ANTÓNIO MANSO PRETO

22, Antwerp/Porto


video, publication, sculpture, photography, archive, text, research, homoafectiveness, apropriation and loneliness



Partindo de uma musica de Joelle Leandre, Untitled (ques que c'est votre truc) apresenta-se como uma resposta por meio de estratégias de sincronismo audiovisual, que se aproximam da ideia de diaporama, a uma observação detalhada de um arquivo recente de filmagens. As reflexões aqui fílmicas descrevem uma procura pelo objeto e o espaço como sujeitos discursivos - passiveis de serem lidos. Sobre a rede que liga o espaço à linguagem, seja visual ou textual, real ou fictícia, literal ou literária. Construção de um espaço a partir de um outro onde o tempo se torna ciclo e o exclusivo encontra o quotidiano.

Developed from a song by Joelle Leandre, Untitled (ques que c'est votre truc) presents itself as an answer to a detailed observation of a recent film archive, through audiovisual synchronism strategies. The filmic reflections here captured describe a search for the object and the space as discursive subjects - capable of being read. About the network that links space to language, whether visual or textual, real or fictional, literal or literary. Construction of a space from another where time becomes a cycle and the exclusive meets the everyday.

link


Vi quem desceu ate ca em baixo, gás à tabua, isqueiro ao gas ou óleo, tesoura ao cordão que liga os dois umbigos da ponta primeira à ponta segunda, meio que enlouquecido por determinado gesto comum. É por dentro do gesto que o musculo-força contrai e descontrai, contrai e descontrai. e Eu feminino, demasiado, fugaz ou tenro. Encontrei um livro do Artaud a 4 euros e assim foi ou se tornou ator da viagem que se decorria, cumplice do tempo que se pensava correto, e quando o era: dois desejos, o de morrer e o de voltar atrás. Foram os doutores que me roubaram a visão, nitida só a morte e as ceias anunciadas e o quarto em que tu te fechavas era LEAL como a manhã. Vi quem desceu até ca a baixo encontrar-se na loucura de não haver nada de novo. A CRUZ QUE ENCONTREI NO CHAO SÓ SERVIA PARA ME SENTIR SEGURO. Vi quem desceu até depois de mim, antes disso e Artaud, outra vez, Artaud-mesquinha em Ménage. VULTO OUTRORA TRÁGICO, diziam as canções e um rapaz embriagado como o sol descia as ruas da cidade, mas so se apanhavam algumas palavras: não…….. eu…….. vulto…….. mas…… 76 dias……. em que…. cercado………. E a loucura que quando errante, e a loucura que como harpas inspirará de poesia. cabelos………. Artaud…….. na……….. enlouqueci………. Compreendi que sim, era o poema de quem viu o firmamento obliquo.