ANTÓNIO MANSO PRETO

22, Antwerp/Porto


video, publication, sculpture, photography, archive, text, research, homoafectiveness, apropriation and loneliness



Language is a skin: I rub my language against the other. It is as if I had words instead of fingers, or fingers at the tip of my words. My language trembles with desire. … Language experiences orgasm upon touching itself. (BARTHES)

As representações divergem entre as corpos emotivos do trabalho artístico de Curt Mcdowell dos anos 70-80, Loads e Confessions e o wrestling como performance dos papeis submissos/dominantes, violentos, teatrais das relações homossexuais de Lords of the Lockeroom (King of this Gym). O corpo pornográfico aparece como pensamento das exigências da masculinidade, das intercessões entre a desordem, a sensualidade e os momentos de calma, da violência como performance nas relações homoeróticas. Espelhadas na trama citadina, dos becos aos bairros culturais, as imagens-objeto tornadas janelas ou fendas para um pensamento sobre as relações entre o publico e o privado.

The representations diverge between the emotional bodies of Curt Mcdowell's artwork from the 70s-80s, Loads and Confessions, and wrestling as a performance of the submissive/dominant, violent, theatrical roles of homosexual relationships in Lords of the Lockeroom (King of this Gym). The pornographic body appears as thought of the demands of masculinity, of the intersections between disorder, sensuality and moments of calm and of violence as a performance in homoerotic relationships. Mirrored in the city's fabric, from the alleys to the cultural districts, the object-images, turned into windows or cracks for thought about the relationship between the public and the private


Vi quem desceu ate ca em baixo, gás à tabua, isqueiro ao gas ou óleo, tesoura ao cordão que liga os dois umbigos da ponta primeira à ponta segunda, meio que enlouquecido por determinado gesto comum. É por dentro do gesto que o musculo-força contrai e descontrai, contrai e descontrai. e Eu feminino, demasiado, fugaz ou tenro. Encontrei um livro do Artaud a 4 euros e assim foi ou se tornou ator da viagem que se decorria, cumplice do tempo que se pensava correto, e quando o era: dois desejos, o de morrer e o de voltar atrás. Foram os doutores que me roubaram a visão, nitida só a morte e as ceias anunciadas e o quarto em que tu te fechavas era LEAL como a manhã. Vi quem desceu até ca a baixo encontrar-se na loucura de não haver nada de novo. A CRUZ QUE ENCONTREI NO CHAO SÓ SERVIA PARA ME SENTIR SEGURO. Vi quem desceu até depois de mim, antes disso e Artaud, outra vez, Artaud-mesquinha em Ménage. VULTO OUTRORA TRÁGICO, diziam as canções e um rapaz embriagado como o sol descia as ruas da cidade, mas so se apanhavam algumas palavras: não…….. eu…….. vulto…….. mas…… 76 dias……. em que…. cercado………. E a loucura que quando errante, e a loucura que como harpas inspirará de poesia. cabelos………. Artaud…….. na……….. enlouqueci………. Compreendi que sim, era o poema de quem viu o firmamento obliquo.