ANTÓNIO MANSO PRETO

22, Antwerp/Porto


video, publication, sculpture, photography, archive, text, research, homoafectiveness, apropriation and loneliness




11 de outubro, 1963. Jean Cocteau acorda com as noti-cia da morte de Edith Piaf. “Ah, la Piaf est morte. Je peux mourir aussi”, e terá morrido mais tarde de um ataque cardíaco. De Père-Lachaise e de Milly-la-Forêt, vieram emprestadas as fotografias das suas lápides para que o seu leito de morte seja duplo, finalmente.

October 11, 1963. Jean Cocteau wakes up to the news of Edith Piaf's death. "Ah, la Piaf est morte. Je peux mourir aussi," and died later of a heart attack. From Père-Lachaise and Milly-la-Forêt, the photographs of their tombstones have been borrowed so that their deathbed can be double, finally.

Shown at “Ficção como Cesta”



Vi quem desceu ate ca em baixo, gás à tabua, isqueiro ao gas ou óleo, tesoura ao cordão que liga os dois umbigos da ponta primeira à ponta segunda, meio que enlouquecido por determinado gesto comum. É por dentro do gesto que o musculo-força contrai e descontrai, contrai e descontrai. e Eu feminino, demasiado, fugaz ou tenro. Encontrei um livro do Artaud a 4 euros e assim foi ou se tornou ator da viagem que se decorria, cumplice do tempo que se pensava correto, e quando o era: dois desejos, o de morrer e o de voltar atrás. Foram os doutores que me roubaram a visão, nitida só a morte e as ceias anunciadas e o quarto em que tu te fechavas era LEAL como a manhã. Vi quem desceu até ca a baixo encontrar-se na loucura de não haver nada de novo. A CRUZ QUE ENCONTREI NO CHAO SÓ SERVIA PARA ME SENTIR SEGURO. Vi quem desceu até depois de mim, antes disso e Artaud, outra vez, Artaud-mesquinha em Ménage. VULTO OUTRORA TRÁGICO, diziam as canções e um rapaz embriagado como o sol descia as ruas da cidade, mas so se apanhavam algumas palavras: não…….. eu…….. vulto…….. mas…… 76 dias……. em que…. cercado………. E a loucura que quando errante, e a loucura que como harpas inspirará de poesia. cabelos………. Artaud…….. na……….. enlouqueci………. Compreendi que sim, era o poema de quem viu o firmamento obliquo.